O Vice-primeiro-ministro, Ministro das Finanças e do Fomento Empresarial e Ministro da Economia Digital, Olavo Correia, participou esta semana, no ato de apresentação formal dos resultados da primeira emissão de Obrigações Sociais em Cabo Verde e manifestou-se satisfeito com a operação que considerou “bem-sucedida e carregada de simbologia”, garantindo a abertura do Governo para replicar a experiência em parceria com outras instituições sociais e de microfinanças.

“A Oferta Particular do Empréstimo Obrigacionista da MORABI COOPERATIVA DE POUPANÇA E CRÉDITO, no valor de 100.000.000,00 ECV (cem milhões de escudos) pela Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC) foi uma operação que merece destaque pela simbologia que representa, por um lado, e por outro, pelo impacto que tem/vai ter: intervenção direta na vida de pessoas que estão numa franje que merece toda a atenção deste executivo” enfatizou o governante.

O empréstimo tem um prazo de pagamento de dez anos e uma taxa de juros de 4% - o que, conforme explicou Olavo Correia, “é significativo e vai permitir à MORABI praticar uma taxa inferior – com isso, estamos a criar mais e melhores oportunidades, para todos aqueles que atuam no setor das microfinanças e do mico-empreendedorismo – um setor que foi e continua a ser muito impactado pela Pandemia da Covid -19 e penalizado por este cenário de instabilidade global”.

Conforme explanou o Governante, com esta operação, a Morabi, que praticava uma taxa de juros de cerca de 22%, vai agora praticar uma taxa máxima de 12% - uma redução pela metade.

A operação visou o reforço da estrutura financeira da MORABI e o aumento da capacidade de resposta às demandas de financiamento e vai contribuir para duplicar a carteira de crédito da instituição, com impacto na promoção da inclusão social e financeira, o crescimento da economia e o desenvolvimento sustentável do país.

“O Governo tem como uma das grandes ambições deste mandato, a formalização da economia e está a criar os mecanismos e incentivos que estão/vão beneficiar a todos num quadro geral de combate à pobreza e sobretudo à pobreza extrema”, enquadrou Olavo Correia.

A operação contou com vários intervenientes, nomeadamente, a Bolsa de Valores, o Governo através da garantia, o Banco Comercial do Atlântico (BCA) que é o Subscritor, a Entidade Certificadora e o próprio Banco Central - a Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários (AGMVM).