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Governo de Cabo Verde confiante na saída este ano da "lista cinzenta" das Finanças da União Europeia - Asset Display Page - Direção Nacional das Receitas de Estado

Governo de Cabo Verde confiante na saída este ano da "lista cinzenta" das Finanças da União Europeia

Publicado em: 19-03-2019 10:27

A Diretora Nacional de Receitas do Estado de Cabo Verde, Liza Vaz, disse esta semana, em entrevista à Agência Lusa que o Governo de Cabo Verde está confiante na saída, ainda este ano, da lista cinzenta das finanças da União Europeia (UE).

Convidada pela Agência Lusa- Cabo Verde, para se pronunciar sobre a ainda permanência de Cabo Verde na “lista cinzenta” de jurisdições fiscais, elaborada pela União Europeia e tornada pública esta terça-feira, 12 de março, pelos Ministros das Finanças da UE, a Diretora Nacional das Receitas do Estado de Cabo Verde mostrou-se otimista com o trabalho que está a ser desenvolvido e enfatizou estar certa que o cumprimento das condições demandadas para a saída de Cabo Verde desta lista será alcançado ainda no decorrer deste ano.

Para Lisa Vaz, esta classificação tem um “aspeto positivo”, que é o de Cabo Verde não ter ido parar à “lista negra”, o que seria “péssimo”, defendendo que isso colocaria em causa “a credibilidade do país”.

Estar na lista negra significa que “um país que não é transparente, que não comunica, com efeitos nocivos ao nível da imagem, atração de investimento externo, processo de internacionalização. É péssimo, significa um retrocesso ao nível dos investimentos e uma mancha no currículo de Cabo Verde”, adiantou.

Lisa Vaz acredita que o país vai cumprir “o plano de ação acordado com a UE e que envolve um conjunto de ações a serem desenvolvidas até 2019”.

“Já desenvolvemos um conjunto de ações, como a eliminação e revisão de regimes considerados prejudiciais à luz do código de conduta e foram assumidos em série de orçamento do Estado, aderimos ao Fórum Global e ao quadro inclusivo”, enumerou.

Falta, acrescentou a responsável, “o processo de adesão à convenção multilateral que vamos iniciar os primeiros passos administrativos”, disse, acrescentando que este “vai permitir a troca efetiva de informações numa escala maior”.

“Temos todas as condições para, até ao final do ano, termos o processo de adesão concluído, creio que estamos no bom caminho”, concluiu.

De frisar que nesta “lista cinzenta” encontram-se 34 países que a UE vai continuar a monitorizar, entre os quais Cabo Verde.