O V Comité de Pilotagem (COPIL) Conjunto dos projetos no setor do Emprego e Empregabilidade em Cabo Verde, financiados por Grão Ducado de Luxemburgo e executados pelo Governo da República de Cabo Verde, esteve hoje reunido na cidade da Praia.

Nesta reunião, o Comité teve na agenda a apresentação dos resultados de 2020, bem como, a apresentação do Plano de Trabalho Anual de 2021 do Programa Emprego e Empregabilidade, executado pela Agência LuxDevelopment, o Plano Operativo do Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Finança Inclusiva, executado pela agência ADA; o Programa de Emprego e Empregabilidade e Inserção, das Agências das Nações Unidas, OIT e PNUD.

O Vice Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, que presidiu ao ato de abertura do encontro, começou por destacar a parceria estratégica de Cabo Verde com Luxemburgo em prol do desenvolvimento do Arquipélago. “Um parceiro que tem mostrado sempre abertura para se construir com o nosso Governo soluções de futuro”, sublinhou.

E nesta caminhada conjunta, o Governante destaca os ganhos alcançados em prol da promoção do emprego e empregabilidade, beneficiando os jovens cabo-verdianos.

“De 2016 a 2020, realizamos 859 ações de formação e beneficiamos 16.563 jovens.Criamos Centros de Emprego e Formação Profissional de Boa Vista, Ribeira Grande de Santiago, Tarrafal e o da Ribeira Brava avança em bom ritmo. E a nossa intenção é criarmos as infraestruturas para que as ações de formação possam ser propiciadas e aportadas na proximidade. Requalificamos oficinas de aulas práticas na Praia, bem como cimentamos uma frutuosa parceria com a Escola Técnica do Mindelo, com intervenções a fundo nas oficinas de automação industrial e mecânica, que será, doravante, de gestão partilhada”.

Até finais de 2019, continuou Olavo Correia, mudanças estruturais estavam a acontecer no mercado de trabalho, fruto da intervenção do Governo de Cabo Verde, em parceria com o Governo do Grão Ducado de Luxemburgo, e também através da ação de todos os atores que intervêm no setor do emprego e da empregabilidade.

“Reduzimos o desemprego para 11,3% e o desemprego jovem para cerca de 24%. O Sector Empresarial Privado acentua a sua liderança como maior empregador, passando de 35 a 40% do emprego entre 2015 e 2019. A maioria da população empregada está no emprego informal, mas está a reduzir-se passando de 62% em 2015 a 54% em 2019, e especialmente entre os jovens passando de quase 2/3 ou seja 65% em 2015 a 57% em 20109”, apontou.

Está a reduzir-se a exclusão dos jovens pois passamos de 68.000 NEET (Not in Employment Education or Training) em 2015 a apenas cerca de 57.600 em finais de 2019.

2020 deveria ser o ano de consolidação das políticas de emprego e empregabilidade deste ciclo governativo.

Contudo, a pandemia da COVID-19 comprometeu de forma vincada a realização das atividades e tivemos que ajustar para responder aos novos desafios. Não obstante, é de se assinalar os resultados conseguidos no setor mesmo em contexto difícil.

Não obstante, garante que a confiança se mantém reforçada. “A Covid-19 vai passar e vamos continuar firmes. Temos estado a intervir de forma séria e de forma consistente no setor do emprego e da empregabilidade. Porque, a promoção de emprego digno em especial para os jovens é um dos objetivos centrais da governação e este percurso de bons resultados aumenta a nossa ambição para a área do emprego”, finalizou.