O vice-director do Fundo Monetário Internacional (FMI) enaltece o trabalho que está sendo empreendido pelo atual Governo, mais concretamente na implementação da agenda reformas.

No entender de Tao Zhang, esta agenda de reformas tem resultado no “crescimento robusto da economia cabo-verdiana. O Vice-Diretor do FMI diz que o país precisa agora consolidar “os bons indicadores económicos, comparando com outros países da região”.

Tao Zhang encorajou o Governo a avançar com uma estratégia para conseguir ultrapassar os novos desafios que se colocam ao país, por forma a elevar a economia nacional a novos níveis. “A Economia já recuperou de forma sólida, a taxa de crescimento encontra-se na ordem dos 5,5% e a taxa de inflação está controlada. Naturalmente, que muito mais é necessário fazer, não só em termos de reformas estruturais, como também em termos de fazer tudo para garantir um desenvolvimento económico sustentável e inclusivo”, sublinhou.

Por outro lado, o alto responsável do FMI reconheceu o compromisso das autoridades cabo-verdianas em continuar com o programa das reformas de finanças públicas, e reformas a nível do sector empresarial do Estado, com vista a melhoria do ambiente de negócios no país e manifestou todo apoio do FMI.

“Efetivamente, as nossas interações com as autoridades cabo-verdiana têm sido bastante positivas e apoiadas, antes de mais, numa relação de confiança mútua, de troca continua de perspetivas e de opiniões, também de trabalho conjunto de avaliação de economia e os aspetos sociais da economia. Estou satisfeito com o facto de mantermos um bom relacionamento com o país e com as autoridades e estou certo que iremos conseguir reforçar esse relacionamento positivo”.

Nos últimos anos, Cabo Verde tem dado passos firmes no sentido de assegurar a estabilidade macroeconómica e promover o crescimento sustentável, com suporte dos parceiros de desenvolvimento, entre os quais, o Fundo Monetário Internacional (FMI).

As relações do país com o FMI vêm assumindo várias modalidades ao longo dos anos, estando neste momento resumidas às consultas anuais ao abrigo do artigo IV e assessoria técnica, desde o término do último acordo, o Policy Support Instrument (PSI).

Pretendendo um envolvimento mais efetivo do FMI, tendo em vista garantir a estabilidade económica e, ao mesmo tempo, promover a aceleração do crescimento económico e do emprego, condição indispensável à redução da pobreza nas suas várias manifestações, o Governo entende que a melhor forma de aprofundar as relações com o FMI é através de um Programa suportado pelo Policy Coordination Instrument (PCI).

Ora, neste âmbito, que o Vice-Diretor do FMI efetua esta visita oficial a Cabo Verde, de três dias (15 a 17 de maio), cumprindo um importante programa de contatos com as autoridades nacionais e organizações da sociedade civil.