A Secretária de Estado do Fomento Empresarial afirmou que o Governo tem várias medidas em vigor para integrar, de forma efetiva, as mulheres no nosso sistema económico.

“Acreditamos que a estratégia do Governo, com foco na assistência técnica, na formação profissional, na literacia financeira, na melhoria do acesso ao financiamento, à informação, aos mercados, à terra e à tecnologia, entre outros, terá um impacto positivo no empreendedorismo de mulheres e jovens”, disse Adalgisa Vaz.

Essas declarações foram feitas pela Governante ao presidir, nesta manhã, dia 29, à cerimónia de encerramento do projeto "Empoderamento de Mulheres e Meninas em Cabo Verde: O caminho para o desenvolvimento". O evento contou também com a intervenção da Embaixadora dos EUA, Jennifer Adams, e da Presidente da OMCV, Eloisa Gonçalves.

Referindo-se às medidas já em vigor do Executivo, Adalgisa Vaz afirmou que a Pró-Empresa tem uma componente de diferenciação positiva a favor das mulheres em todos os programas, destacando que, nos últimos 3 anos, a Pró-Empresa tem atendido, em média, 400 mulheres por ano.

"No âmbito da formação profissional, estamos a verificar uma forte adesão das mulheres nos programas do IEFP. Nos últimos 4 anos, cerca de 2.500 mulheres por ano integraram os programas de formação do IEFP, e este ano, verificamos um número significativo de mulheres que participaram nessas formações, cerca de 3.700 apenas em 2024, ano em que o IEFP já atingiu o marco de 5.000 beneficiários de ações de formação", sublinhou.

A Governante referiu que têm vários instrumentos, financeiros e não financeiros, para apoiar as mulheres nesta jornada de integração no processo de desenvolvimento em vários setores de atividade, a nível da economia azul, das pescas, da agricultura e no microempreendedorismo.

“Convém sublinhar que os microempresários com volume de negócios até mil contos não pagam impostos e têm benefícios para os seus trabalhadores e para o chefe dessas empresas. Estamos cientes de que há um esforço a fazer para acelerar o empreendedorismo feminino, porque 71% das empresas em Cabo Verde são chefiadas por homens,” frisou.

Adalgisa Vaz disse que acreditam que, nos próximos anos, vão registar um movimento mais acelerado de mulheres empreendedoras, pois têm um ecossistema cada vez mais consolidado para acompanhar essa integração económica das mulheres.

O projeto "Empoderamento de Mulheres e Meninas em Cabo Verde: O caminho para o desenvolvimento" é um projeto financiado pelo governo dos Estados Unidos, no valor de 150 mil dólares, que começou em junho de 2022 e tinha como objetivo trabalhar duas vertentes do empoderamento da mulher: o empoderamento económico e a autonomia física.