O Fundo Monetário Internacional (FMI) realiza mais uma importante missão a Cabo Verde, desta feita para fazer a primeira revisão do Programa Facilidade de Crédito Estendido (ECF, sigla inglesa), um Programa importante que visa atender aos desafios do contexto difícil que o país enfrenta.

Um contexto imposto pela crise provocada pela guerra na Ucrânia e pela crise inflacionária, e que ainda não se conhecem as dimensões das implicações da mesma no plano alimentar, no plano energético, plano social. O contexto é imprevisível, incerto e indefinido, mas exige intervenção do Executivo na mitigação dos efeitos colaterais dessas crises. Daí a necessidade das reformas preconizadas no Programa.

A missão, que é liderada pelo novo Chefe de Missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Cabo Verde, o Economista Sénior Justin Tyson, esteve ontem reunido com o Vice-Primeiro Ministro, Ministro das Finanças e do Fomento Empresarial, Dr. Olavo Correia, para apresentação dos objetivos da mesma.

Durante o encontro o Governante frisou que embora o contexto seja difícil, é também uma grande oportunidade para Cabo Verde. “Oportunidade para avançamos com um conjunto de reformas estruturantes como a transformação energética, transformação digital, da mobilização de mais investimentos da nossa diáspora, mas também para que Cabo Verde continue a ser um Estado Democrático, viável e seguro. Também, uma oportunidade para termos uma economia sustentável, de baixo carbono, com aposta no turismo, na economia verde, economia azul, nas conectividades”, sublinhou.

Apesar do contexto externo adverso, o Governo estima que a Economia cresça entre 10,5% a 12,0% em 2022 e 4,9% em 2023, numa perspetiva de uma procura turística maior.

É neste sentido que o mesmo realçou a importância desta missão, tendo em conta que vai permitir analisar melhor o quadro macroeconómico, orçamental e financeiro de Cabo Verde.