O Orçamento do Estado para 2025 centra-se em três prioridades fundamentais: investimento, emprego e inclusão, com especial atenção à juventude, afirmou o Vice-primeiro Ministro e Ministro das Finanças.

Essas declarações foram feitas por Olavo Correia à margem da conferência de apresentação do orçamento sectorial, com o tema: “Juventude e oportunidades no contexto do Orçamento do Estado de 2025”, que decorreu no dia 18 de outubro, em São Filipe, na ilha do Fogo.

As três prioridades interagem diretamente com a juventude cabo-verdiana, sublinhou o Governante, indicando que a questão mais crítica que enfrentamos hoje em Cabo Verde, refletindo-se em todo o continente africano, é a criação de empregos.

“Precisamos de empregos qualificados para os nossos jovens e mulheres, e isso só será possível com um investimento eficaz. É fundamental fomentar tanto o investimento público como, especialmente, o investimento privado, seja micro, pequeno, médio ou grande. São esses investimentos que garantem a criação de emprego. E a melhor forma de incluir é pela via do emprego e do rendimento, e não pela transferência direta de renda”, afirmou o também Ministro do Fomento Empresarial.

O contexto global atual, sustentou Olavo Correia, é marcado por incertezas e crises, afetando o crescimento económico, que se situa em cerca de 3% a nível mundial. A inflação tem aumentado e o acesso a financiamentos tornou-se mais restrito, asseverou o Vice-Primeiro Ministro, adiantando que para enfrentar esses desafios, Cabo Verde busca manter a inflação baixa, com uma meta entre 1% e 2%, e um défice orçamental inferior a 3% do PIB, almejando reduzir a dívida pública para cerca de 100% do PIB até 2026 ou 2027.

Além disso, o país pretende aumentar o seu crescimento económico para acima de 5% ao ano, visando duplicar o potencial de crescimento da economia, que segundo a tutela do Fomento Empresarial é crucial para gerar oportunidades de emprego. “O Orçamento para 2025, estimado em 97,9 milhões de contos, assenta principalmente em recursos internos, com 87% do financiamento proveniente de receitas próprias”, sublinhou.

A conferência contou também com as intervenções do Ministro da Educação, Amadeu Cruz, e o Ministro Adjunto do Primeiro Ministro para a Juventude e Desporto, Carlos Monteiro.