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Primeiro-Ministro: “Devemos constituir uma voz forte, clara e unificada em Glasgow”. - Asset Display Page

Primeiro-Ministro: “Devemos constituir uma voz forte, clara e unificada em Glasgow”.

Informações,Evento Publicado em: 15-09-2021 18:49

“Devemos constituir uma voz forte, clara e unificada em Glasgow, pois a 26ª Conferência Internacional do Clima, COP26, só será um sucesso se a África estiver no centro das negociações”. A afirmação é do Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, na Abertura Oficial da 9ª Conferência sobre o Clima e Desenvolvimento em África, esta quarta-feira, 15, na cidade de Santa Maria, ilha do Sal.

Para Ulisses Correia e Silva, “esta conferência constitui, para os países africanos, um importante passo em frente na preparação da COP26.

"Deveremos aproveitar o debate nesses dois dias na cidade de Santa Maria para prepararmos elementos de uma posição única africana”.

O Primeiro-Ministro sublinhou igualmente a necessidade de focar as atenções na vulnerabilidade dos pequenos estados insulares, como é o caso de Cabo Verde. “Os SIDS enfrentam um conjunto único de vulnerabilidades económicas e ambientais. São economias pequenas e com elevado grau de abertura ao exterior, muitas delas fortemente dependentes do turismo. Cabo Verde está nesta categoria de países”.

Para Ulisses Correia e Silva “é importante ter em conta a especificidade dos SIDS no que se refere à sua elevada exposição a choques externos e aos critérios de elegibilidade com base no PIB per capita, que os penaliza”.

Esta 9ª Conferência também aborda inevitavelmente os desafios enfrentados pela crise pandémica.

“A pandemia do COVID 19 veio demonstrar de forma mais evidente os graves impactos globais que não conhecem fronteiras”, afirmou o chefe do Governo que alertou para a necessidade de “alívio da dívida externa dos países em desenvolvimento e dos SIDS. Muitos países ficaram mais endividados devido às despesas extraordinárias para a proteção sanitária, económica e social derivadas da pandemia da COVID 19”.

Correia e Silva terminou o seu discurso lembrando que a África é o Continente que menos produz a emissão de gases com efeito de estufa e, o que mais sofre com as consequências das alterações climáticas. Por este motivo, os países africanos devem apostar nas energias renováveis, tecnologias limpas e eficientes, e financiamento climático.